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Como investigador experiente com um interesse profundamente enraizado na intersecção entre tecnologia e conflito, sinto-me intrigado e preocupado com a cimeira internacional sobre IA em contextos militares realizada em Seul. Tendo observado de perto a rápida evolução da IA ao longo da última década, não posso deixar de sentir uma sensação de déjà vu. Os paralelos entre a corrida armamentista nuclear da era da Guerra Fria e a actual corrida armamentista da IA são impressionantes, e é crucial que aprendamos com a história para evitar repetir os seus erros.
Na segunda-feira, foi realizada uma reunião global em Seul, na Coreia do Sul, com o objetivo de criar um plano para aplicação ética de IA em cenários militares.
Mais de noventa nações, como os EUA e a China, participaram numa conferência de dois dias, marcando a segunda vez que este evento ocorreu. A reunião inaugural aconteceu em Amsterdã no ano passado, levando a um apelo evasivo à ação por parte de países proeminentes.
O Ministro da Defesa Kim Yong-hyun, da Coreia do Sul, destacou o aspecto bilateral da Inteligência Artificial (IA) na guerra, usando como exemplo um drone da Ucrânia equipado com IA que teve um impacto significativo no conflito Rússia-Ucrânia. Sublinhou a necessidade de medidas de protecção, sugerindo que, embora a IA possa melhorar as capacidades militares, também acarreta perigos relacionados com a utilização indevida.
Cho Tae-yul, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, explicou que o foco durante a reunião seria estabelecer directrizes para que a IA aderisse ao direito internacional, bem como impedir que armamentos autónomos operem de forma independente, sem supervisão humana. O objetivo é criar um roteiro que descreva os requisitos fundamentais da IA em cenários militares, incorporando princípios da OTAN e de outras organizações relevantes.
Este encontro, organizado conjuntamente pelos Países Baixos, Singapura, Quénia e Reino Unido, pretende promover um diálogo contínuo numa área dinâmica que é significativamente moldada pela iniciativa privada, mas regulada por políticas governamentais. Embora se preveja que os acordos deste evento não sejam juridicamente vinculativos, servirão para estabelecer diretrizes para a utilização da IA em contextos militares.
Como investidor em criptografia, estou de olho em mais do que apenas nas tendências do mercado. Também estou intrigado com as discussões globais que moldam o nosso futuro, como o debate em curso na ONU sobre possíveis limitações para sistemas de armas letais autónomos, que faz parte da Convenção de 1983 sobre Certas Armas Convencionais. Notavelmente, os EUA apresentaram recentemente uma declaração relativa ao uso responsável da IA militar, uma medida que foi apoiada por 55 países desde Agosto. É fascinante ver como a tecnologia e a geopolítica se entrelaçam no nosso mundo em rápida evolução.
Aproximadamente 2.000 indivíduos representando organizações internacionais, universidades e empresas privadas deverão participar nesta cimeira, que se aprofundará numa série de assuntos, como a salvaguarda de civis e o emprego de inteligência artificial na gestão de armas nucleares.
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2024-09-09 11:00