Deutsche Bank corrigirá desafios regulatórios para instituições que usam blockchain público

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Como analista experiente com mais de duas décadas de experiência no setor financeiro, vi meu quinhão de avanços tecnológicos remodelando o cenário. O Projecto Dama 2 do Deutsche Bank, uma iniciativa colaborativa no âmbito do Project Guardian da Autoridade Monetária de Singapura, é um desses desenvolvimentos que chama a minha atenção.

A Corporação Bancária Alemã, Deutsche Bank AG, está enfrentando um esforço significativo: lidar com obstáculos regulatórios que as instituições encontram ao utilizar redes públicas de blockchain. Isto muitas vezes envolve lidar com situações em que as transações podem ser feitas inadvertidamente com entidades sob sanções ou elementos criminosos.

Em Novembro, foi revelada uma versão experimental do Projecto Dama 2 – uma experiência de manutenção de activos de um titã bancário alemão. Este projeto utiliza uma solução de Camada 2, que capitaliza redes públicas de blockchain para facilitar transações menos dispendiosas e mais eficientes.

O Deutsche Bank conectou uma plataforma de rede de segundo nível com a rede Ethereum, que é uma plataforma blockchain proeminente para transações comerciais no setor de criptomoedas. No entanto, Boon-Hiong Chan, líder do banco em inovação aplicada à indústria da Ásia-Pacífico, apontou que blockchains públicos como o Ethereum acarretam riscos substanciais para os bancos regulamentados.

Abordar questões como garantir a verificação transparente das transações, evitar pagamentos a partes restritas e mitigar o risco de divisões inesperadas que levam a interrupções na rede blockchain pode ser potencialmente abordada através da implementação de um sistema de cadeia dupla, de acordo com a declaração de Chan.

Experimentos do Deutsche Bank com o Projeto Dama 2

O Projeto Dama 2 constitui uma parte essencial do projeto maior da Autoridade Monetária de Cingapura, conhecido como Projeto Guardião. Este projeto também envolve um esforço conjunto de 24 entidades financeiras, todas trabalhando em conjunto para investigar a aplicação prática da tecnologia blockchain no processo de digitalização ou tokenização de ativos.

O Deutsche Bank apoia o uso da tecnologia blockchain e acredita que ela poderia resolver significativamente a questão da compressão de margens no setor financeiro. No entanto, há um debate sobre até que ponto os bancos deveriam envolver-se no ambiente das criptomoedas.

A plataforma Dama 2, criada em colaboração entre Memento Blockchain Pte e Interop Labs, aproveita a tecnologia ZKsync. O Deutsche Bank pretende lançar esta plataforma como uma versão funcional básica (produto mínimo viável) no próximo ano, sujeita à obtenção da necessária autorização regulamentar.

Boon-Hiong Chan explicou que o recurso da Camada 2 proporcionará às instituições bancárias maior liberdade para se aprofundar nas redes públicas de blockchain. Além disso, este componente poderia permitir-lhes organizar um grupo personalizado de validadores encarregados de verificar as transações de ativos digitais e receber compensação em troca.

Além disso, Chan postula que este sistema pode conceder aos reguladores “extensos privilégios administrativos”, permitindo-lhes supervisionar as transações a qualquer momento. De acordo com Chan, isso significa que eles não precisam mais da Camada 1 para obter detalhes abrangentes das transações.

Por outro lado, o Deutsche Bank tem estabelecido alianças cruciais no setor das criptomoedas. Recentemente, foi anunciado que a Crypto.com formou uma parceria substancial com o Deutsche Bank para reforçar as suas operações globais. Esta colaboração concede à Crypto.com acesso ao profundo conhecimento bancário corporativo do Deutsche Bank, permitindo-lhes gerir as suas atividades financeiras diárias de forma mais eficaz, tais como folha de pagamento, pagamentos de fornecedores e gestão de tesouraria.

2024-12-18 12:40