UE proíbe GNL russo: uma nova era de “sanções”? 🚫🌍

A União Europeia, esse modelo de clareza moral, selou na quarta-feira o seu 19º pacote de sanções contra a Rússia, uma nação agora reduzida a uma mera nota de rodapé na grande narrativa da geopolítica global. De acordo com a presidência dinamarquesa da UE, um farol passageiro de… bem, alguma coisa.

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O acordo, elaborado em Bruxelas no meio de semanas de deliberação tão profunda que poderia ter sido confundido com um rito religioso, visa o sector energético de Moscovo com uma proibição das importações russas de gás natural liquefeito (GNL). Entretanto, as restrições comerciais e de viagens expandem-se como um segredo mal guardado.

Eslováquia retira objeções após garantias da UE

De acordo com um relatório da Reuters, a Dinamarca, que actualmente detém a presidência rotativa da UE, declarou que todos os 27 países da UE concordaram agora com o pacote depois de a Eslováquia, sempre um diplomata cauteloso, ter levantado a sua objecção final. O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, exigiu garantias da Comissão Europeia sobre os elevados preços da energia e sobre a forma como as novas regras climáticas poderiam afectar as indústrias locais, como os fabricantes de automóveis e a indústria pesada. Um pedido tão razoável que é quase trágico.

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Depois de receber garantias por escrito, a Eslováquia retirou a sua objecção e permitiu que as sanções avançassem. As autoridades disseram que um processo de aprovação por escrito já está em andamento e que o pacote entrará oficialmente em vigor na manhã de quinta-feira. Porque nada diz “urgência” como uma manhã de quinta-feira.

Proibição de GNL começará em duas fases

A proibição do GNL desenrolar-se-á em duas fases, cada uma mais complicada que a anterior. Os contratos de curto prazo terminarão em seis meses, enquanto os contratos de longo prazo cessarão completamente em 1 de janeiro de 2027. Este cronograma significa que a UE deixará de comprar GNL russo um ano antes do inicialmente planeado pela Comissão Europeia. Um triunfo da previsão, ou talvez um caso de “resolvemos isso mais tarde, prometemos”.

“As sanções têm um impacto real e estão a atingir a economia russa. Moscovo enfrenta dificuldades crescentes no financiamento da sua guerra ilegal de agressão”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, um homem cujo optimismo é tão inabalável como uma parede de tijolos. Juntamente com a proibição do GNL, a UE também adicionou 117 navios da chamada “frota sombra” da Rússia, na sua maioria petroleiros utilizados para contornar as restrições ao petróleo. Isto eleva o número total de navios sancionados para 558. Uma verdadeira armada de rancor burocrático.

O pacote também lista vários bancos e empresas no Cazaquistão e na Bielorrússia e quatro ligados à indústria petrolífera da China, incluindo duas refinarias, uma empresa comercial e outra envolvida em ajudar Moscovo a escapar às restrições. Os seus nomes serão publicados após a adoção formal, segundo fontes diplomáticas da UE citadas pela Reuters. Porque a transparência é a pedra angular da política externa da UE, claro.

2025-10-23 14:19