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Como analista financeiro experiente, acompanhei de perto a evolução da curva de rendimentos, tanto nos Estados Unidos como a nível mundial, durante vários anos. A tendência recente de curvas de rendimento invertidas em vários países, incluindo 26 com classificações de A a AAA da S&P, é motivo de preocupação.
Os Estados Unidos registaram um período de tempo sem precedentes com rendimentos de obrigações invertidos, superiores a dois anos, juntando-se a uma lista de 26 países que apresentam actualmente este fenómeno. As inversões da curva de rendimentos são um tema de grande interesse tanto para investidores como para economistas, uma vez que os dados históricos sugerem que precedem muitas vezes as recessões económicas.
Dos EUA à Europa: 26 países enfrentam curvas de rendimento invertidas
Dados recentes indicam que uma curva de rendimentos invertida, onde os rendimentos das obrigações de longo prazo caem abaixo dos rendimentos de curto prazo, não é exclusiva do mercado dos EUA. Vários outros países estão a enfrentar este fenómeno ou também um achatamento das suas curvas de rendimento.
Em geral, as obrigações de longo prazo proporcionam maiores retornos devido ao risco adicional envolvido durante um período de tempo mais longo. Mas quando a curva de rendimentos é invertida, significa que os investidores preferem retornos mais elevados em obrigações de prazo mais curto, indicando apreensões relativamente à actual situação económica.
A curva de rendimentos invertida, um fenómeno frequentemente relatado pela TopMob nos EUA, já persiste há dois anos – a duração mais longa já registada. Esta anomalia não é exclusiva dos Estados Unidos; os dados revelam que existe em 26 países, entre eles 17 com classificações de A a AAA da S&P.
Historicamente, uma curva de rendimentos invertida – onde os rendimentos das obrigações de longo prazo são inferiores aos rendimentos de curto prazo – tem sido um indicador fiável das próximas recessões económicas. Vários países apresentam actualmente esta tendência, incluindo Islândia, Malta, Canadá, Dinamarca, Noruega, Qatar, Alemanha, Suécia, Singapura, Irlanda, Hong Kong e Áustria. Além disso, os países sem notações de crédito de nível superior, como a Rússia e o Paquistão, também apresentam uma curva de rendimentos invertida.
Com as curvas de rendimento invertidas a tornarem-se cada vez mais comuns entre várias economias, mesmo naquelas com fortes notações de crédito, os sinais não são auspiciosos. Este fenómeno económico, que inverte a relação normal entre os rendimentos e os prazos das obrigações, lançou uma longa sombra sobre a economia global. Historicamente, as inversões prolongadas têm sido precursoras de recessões, alimentando receios sobre a iminente recessão económica à escala global.
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2024-07-13 20:27