Banco Central de Reserva: Apenas 1,1% das remessas envolvem criptomoeda em El Salvador

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Como pesquisador que acompanhou de perto o cenário da moeda digital na América Latina, acho intrigante observar o ritmo lento da adoção da criptomoeda para remessas em El Salvador, apesar dos esforços do presidente Bukele. Tendo passado anos a estudar comportamentos e tendências financeiras em várias regiões, posso afirmar com segurança que os factores culturais e práticos desempenham um papel significativo na definição das escolhas das pessoas quando se trata de questões financeiras.

Apesar do apoio da administração do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, o uso de criptomoedas como o Bitcoin para remessas não teve um aumento significativo. De acordo com estatísticas do Banco Central de Reserva, apenas 1,1% de todas as remessas enviadas ao país entre janeiro e agosto de 2024 foram na forma de criptomoeda.

Apesar dos esforços de El Salvador para se tornar líder na adoção de criptomoedas, tornando o Bitcoin com curso legal desde 2021, o uso de criptografia não ganhou ampla aceitação em vários cenários. Por exemplo, quando se trata de remessas – uma área onde o Presidente Bukele pretendia implementar criptografia devido às suas potenciais poupanças de custos e benefícios de fácil utilização – os salvadorenhos têm demonstrado pouco interesse em usar Bitcoin e outras criptomoedas, apesar do endosso do governo.

Com base nas estatísticas mais recentes do banco central de El Salvador, parece que os salvadorenhos continuam a favorecer a utilização do dólar americano como base tanto para o envio como para a recepção de remessas. O relatório indica que apenas uma pequena fração (1,1%) destas remessas envolve criptomoedas, sugerindo que a maioria depende, em vez disso, de métodos alternativos.

Aproximadamente 1,1% ou cerca de US$ 57,4 milhões dos US$ 5,46 bilhões remetidos para El Salvador de janeiro a agosto de 2024 vieram de empresas focadas em remessas, que movimentaram cerca de 58,3% de todas essas transações. Os bancos convencionais representaram cerca de 37,9% do total das remessas. Em média, as remessas criptográficas totalizaram cerca de US$ 260.

O relatório mostra que o fluxo de remessas de criptomoedas para os salvadorenhos tem diminuído desde 2022. Em 2023, esse valor caiu para US$ 59,5 milhões e, em 2024, caiu ainda mais para US$ 57,4 milhões. Esta tendência indica um declínio consistente nas remessas criptográficas ao longo de vários anos.

A administração de El Salvador fez esforços para incentivar a adoção da criptomoeda para transações e remessas. Isso incluiu a criação de sua própria carteira digital nacional, Chivo, e a distribuição de bitcoins gratuitos para ajudar os cidadãos a se sentirem confortáveis ​​ao usar esse tipo de moeda.

Apesar do presidente Bukele ter admitido que a adoção da criptomoeda não ganhou muito impulso em El Salvador, ele enfatizou outras vantagens que surgiram ao tornar o bitcoin com curso legal para o país.

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2024-09-24 07:57