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Como um investidor experiente em criptografia com um profundo conhecimento do cenário regulatório, acho desanimador ver mais uma batalha legal entre a Coinbase e a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC). O facto de a Coinbase, uma importante bolsa de criptomoedas, estar agora a processar estes órgãos reguladores por não cumprirem os pedidos da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) é uma indicação clara de que há questões mais profundas em jogo.
Normalmente, as empresas de criptografia são as que enfrentam ações judiciais das agências de fiscalização. Mas, numa reviravolta inesperada, a Coinbase, uma importante exchange de criptomoedas dos EUA, entrou com uma ação judicial contra a Securities and Exchange Commission (SEC) e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC). A empresa está exigindo que essas agências forneçam informações em resposta às solicitações da Lei de Liberdade de Informação (FOIA). Especificamente, a Coinbase está pedindo ao tribunal que obrigue as agências a divulgar os documentos solicitados.
De acordo com a Lei de Liberdade de Informação, as solicitações FOIA permitem que o público em geral obtenha registros mantidos por agências federais. Em julho de 2023, a Coinbase, em colaboração com a History Associates Inc, apresentou tal solicitação aos órgãos reguladores, solicitando suas perspectivas sobre o Ethereum e a classificação do ETH.
A Consensys, uma empresa líder em software blockchain, levantou uma preocupação semelhante em seu processo contra a SEC em maio. Eles alegaram que o regulador de valores mobiliários iniciou uma investigação sobre o “Ethereum 2.0” em março de 2023, mas posteriormente a abandonou.
Como analista, descobri algumas descobertas intrigantes em nossa investigação. Além de analisar casos abertos, a History Associates apresentou solicitações da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) para dois casos encerrados que despertaram meu interesse. O primeiro caso girou em torno de Zachary Coburn, o criador do Ether Delta. Surpreendentemente, esta entidade já havia resolvido alegações com o órgão regulador por suspeitas de infrações às leis de valores mobiliários. Da mesma forma, a Enigma MPC foi objeto de outro pedido FOIA. Esta startup também chegou a um acordo com o regulador sobre supostas violações da lei de valores mobiliários.
A Coinbase solicitou acesso aos registros relativos a quaisquer investigações sobre esses assuntos da SEC. No entanto, as suas petições foram rejeitadas pelo órgão regulador, para grande consternação da comunidade das criptomoedas.
Negação da FDIC
Em novembro de 2023, a Coinbase fez uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) à Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) para obter cópias de todas as cartas de “cessar e desistir” enviadas pelo Escritório do Inspetor Geral da FDIC. Essas cartas foram distribuídas em outubro de 2023, instruindo as instituições financeiras sob sua regulamentação a interromper todas as negociações relacionadas a criptomoedas.
O órgão regulador rejeitou o pedido da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) da History Associates em janeiro e, posteriormente, recusou-o mais uma vez em maio, após o recurso.
Devido a este desenvolvimento, a Coinbase iniciou uma ação legal contra a Securities and Exchange Commission (SEC) e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia na quinta-feira. As ações judiciais alegam que esses órgãos reguladores estão fazendo uso indevido de sua autoridade para prejudicar o setor de ativos digitais. A reclamação é articulada da seguinte forma:
“Nos últimos dois anos, vários órgãos reguladores financeiros federais empregaram inúmeras medidas regulatórias na tentativa de impedir significativamente o desenvolvimento do setor de ativos digitais.”
Como um investidor experiente em criptografia, observei que a Coinbase teve seu quinhão de batalhas legais nos EUA. Ela detém a distinção de ser a primeira grande bolsa de criptografia a abrir o capital nesta jurisdição. Em abril de 2023, nós, da Coinbase, demos um passo ousado ao entrar com uma ação judicial contra a Securities and Exchange Commission (SEC), buscando respostas definitivas em relação à clareza regulatória para criptomoedas. Em retaliação, a SEC respondeu com uma ação judicial própria, alegando que a Coinbase estava operando sem o devido registro.
A disputa contínua entre a SEC e a Coinbase deixou a comunidade descontente. Alguns criticam as ações da SEC como “regulação por meio da aplicação”, mas o presidente da SEC, Gary Gensler, insiste que a maioria das criptomoedas se enquadra na categoria de títulos, sujeitando-as às mesmas estruturas jurídicas dos investimentos convencionais.
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2024-06-27 18:25