Polícia de Hong Kong resgata criança de 3 anos sequestrada por resgate do USDT

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Como analista com experiência em justiça criminal e tecnologia, considero que o uso crescente de criptomoedas, especialmente stablecoins como o USDT, em atividades criminosas é uma tendência preocupante. Os recentes incidentes de sequestro em Hong Kong e nas Filipinas são apenas dois exemplos de como estas moedas digitais estão a ser utilizadas para pedidos de resgate.

No dia 4 de julho, fiquei horrorizado ao saber que, enquanto fazia compras no Tseung Kwan O Plaza, em Hong Kong, um menino foi sequestrado no shopping. Sua mãe e ele estavam lá conosco, e os sequestradores fizeram uma exigência assustadora: eles queriam US$ 660 mil em stablecoin USDT – aproximadamente HK$ 5,15 milhões – como resgate por seu retorno seguro. Felizmente, a polícia conseguiu resgatá-lo.

Como investidor em criptografia, acompanhando notícias de Hong Kong, me deparei com um relatório informando que um incidente ocorreu por volta da tarde de quarta-feira. Na manhã de quinta-feira, horário de Hong Kong, as autoridades prenderam dois suspeitos de ligação ao caso e resgataram com sucesso a criança envolvida, ilesa.

Um rapto aterrorizante

Como investidor em criptografia, posso dizer que um acontecimento infeliz aconteceu no shopping há três anos. Minha família e eu estávamos lá para fazer compras semanais quando, de repente, algo terrível aconteceu. Em vez de mim, foi meu filho quem se tornou a vítima. Os sequestradores agiram rapidamente, cobrindo a boca com um lenço para suprimir qualquer ruído ou alarme entre os desavisados ​​compradores ao nosso redor.

Ao descobrir o infeliz incidente, rapidamente dei o alarme e contactei as autoridades. No entanto, já era tarde demais, pois o menino desaparecido havia sido retirado da área. A polícia foi rapidamente notificada e dirigiu-se ao local, disfarçando-se para evitar a detecção de quaisquer potenciais raptores que ainda pudessem estar presentes na região de Tseung Kwan.

Após esse incidente, imagens de um menino sendo levado à força por um dos sequestradores surgiram das câmeras de segurança. Essas fotos foram divulgadas em diversas redes sociais, apelando ao público em busca de pistas sobre a localização da criança.

Exigências de resgate

Os sequestradores contataram os pais posteriormente, pedindo cerca de HK$ 5,15 milhões em stablecoin como resgate, o que implica que os pais possuíam uma riqueza significativa.

“Eu quero dinheiro, seu VIP”, dizia a reportagem.

Dois homens, se passando por sequestradores, ordenaram que os pais do menino baixassem o Telegram e comprassem USDT de um revendedor offline (OTC) usando um determinado endereço de carteira criptografada. Infelizmente para eles, o seu plano foi frustrado quando as autoridades de Hong Kong descobriram o seu esconderijo. O detetive O Ji prendeu os suspeitos no local e resgatou o menino com sucesso. A investigação deste caso de crime organizado continuará agora sob a jurisdição do Organized Crime and Triad Investigation Bureau.

Aumento do uso de criptomoedas em atividades criminosas

O número crescente de incidentes sublinha o papel crescente das criptomoedas, especificamente stablecoins como o USDT, em atividades ilícitas. Um exemplo recente vem das Filipinas, onde sequestradores exigiram o USDT como resgate durante um caso de sequestro. Em meados de Junho, dois cidadãos chineses visitaram o país em negócios, mas infelizmente tiveram fins trágicos. Eles foram sequestrados poucos dias depois de pousarem no aeroporto filipino no voo PR359.

Antes do seu assassinato, os raptores exigiram um resgate de aproximadamente 15 milhões de Reminbi chineses, o que equivale a mais de 2 milhões de dólares americanos. Eles insistiram que o pagamento fosse feito em US Dollar Tether (USDT) e transferido para uma carteira digital específica.

Apesar de poder pagar 3 milhões de RMB pelas necessidades da sua família, infelizmente apenas uma das famílias não conseguiu salvar a vida do seu ente querido. Tragicamente, ambos os indivíduos foram encontrados mortos, aproximadamente 400-500 quilómetros a norte de Manila, a capital das Filipinas.

Aguardam-se as autópsias dos corpos, que permanecem nas Filipinas, para determinar as causas das mortes. A investigação deste assunto está a ser realizada por agências de aplicação da lei da China, das Filipinas e dos Estados Unidos, devido à identidade sino-americana de um dos indivíduos falecidos.

2024-07-04 13:30